quinta-feira, 13 de dezembro de 2012

PPCC de Zoologia dos Invertebrados II

De acordo com a postagem abaixo, foram elaboradas duas questões:


Disciplina: Zoologia dos Invertebrados II
Professora: Silvia Regina Bota Ribeiro
Questão nº°: 1
Conteúdo: Morfologia da Classe Arachnida
Complexidade: Média
 
“Chamamos de caranguejeira um grande grupo de aranhas, de diversas famílias e gêneros, que têm como característica comum a posição do ferrão.”
Fundamentando-se no texto acima e apoiando-se nos seus conhecimentos de anatomia externa de aranhas, assinale a alternativa que melhor define o tipo de ferrão de caranguejeiras:
 
a)     As caranguejeiras são do tipo labidognathas, apresentando os ferrões inoculadores de veneno perpendiculares ao eixo longitudinal do corpo. Estas picam suas presas movimentando os mesmos lateralmente, de fora para dentro.
b)  As caranguejeiras são do tipo ortognatas, apresentando os ferrões inoculadores de veneno paralelos entre si e paralelos também ao eixo longitudinal do corpo. Estas picam suas presas movimentando seus ferrões lateralmente.
c)   As caranguejeiras são do tipo labidognatas, apresentando os ferrões inoculadores de veneno paralelos entre si e perpendiculares ao eixo longitudinal do corpo. Estas picam suas presas movimentando os mesmos de baixo para cima.
d)  As caranguejeiras são do tipo ortognatas, apresentando os ferrões inoculadores de veneno paralelos entre si e perpendiculares ao eixo longitudinal do corpo. Estas picam suas presas movimentando seus ferrões lateralmente, de dentro para fora.
 
 
Disciplina: Zoologia dos Invertebrados II
Professora: Silvia Regina Bota Ribeiro
Questão nº°: 2
Conteúdo: Morfologia da Classe Arachnida
Complexidade: Fácil
 
“Como as demais caranguejeiras, as arborícolas não usam a teia para capturar presas e sim para construir refúgios entre as folhas das árvores e embrulhar os ovos. Alimentam-se de insetos e pequenos vertebrados, como lagartixas e rãs.”
De acordo com seus conhecimentos, se baseando no texto acima e nos complementos abaixo, de qual estrutura estamos tratando, respectivamente?
 
I)                  São os órgãos de tecelagem e situam-se no final do abdômen, antes do ânus. Podem ser em número de duas, quatro ou seis.
II)               Correspondem aos apêndices do primeiro segmento e são estruturas em forma de gancho ou tenaz, servem para capturar a presa e apresentam frequentemente glândulas de veneno associadas.
III)             Correspondem ao segundo segmento e são apêndices manipuladores, tanto podendo ser semelhantes a apêndices locomotores como apresentar garras (escorpiões, por exemplo).
 
a)   Fiandeiras, Palpos e Túbulos de Malpighi.
b) Glândula Sericígena, Túbulos de Malpighi e Quelíceras
c)  Fiandeiras, Quelíceras e Palpos.
d)  Quelíceras, Glândula Sericígena e Palpos.

 
 
 
 


segunda-feira, 10 de dezembro de 2012

Novas espécies de caranguejeiras são descobertas no Brasil

O corpo pequeno e coberto por pelagem rosada da Typhochlaena amma lembra muito pouco a imagem típica das aranhas caranguejeiras – conhecidas por serem grandes, peludas e assustadoras.
Com delicadas pintas em tons de amarelo, azul e rosa sobre o dorso marrom escuro, a Typhochlaena costae tampouco se parece com as aranhas gigantes que normalmente são vistas em filmes de terror.
Essas e outras sete espécies de caranguejeiras arborícolas foram recentemente descobertas no Brasil pelo pesquisador Rogério Bertani, do Laboratório Especial de Ecologia e Evolução do Instituto Butantan.
A pesquisa, realizada entre 2004 e 2008 com apoio da FAPESP, deu origem a um artigo de 94 páginas publicado em edição especial do periódico ZooKeys, em outubro.
Ainda dentro do gênero Typhochlaena, Bertani também descreveu pela primeira vez a T. curumim e a T. paschoali. Do gênero Iridopelma, o pesquisador descreveu a I. katiae, a I. marcoi, a I. oliveirai e a I. vanini. Do gênero Pachistopelma, foi descrita a P. bromelicola.
As espécies são encontradas na região de Mata Atlântica e Cerrado nos estados do Pará, Tocantins, Paraíba, Maranhão, Piauí, Sergipe, Espírito Santo e Bahia. A análise também permitiu ao pesquisador redescrever algumas espécies previamente identificadas, como a T. seladonia e a I. hirsutum.
“Chamamos de caranguejeira um grande grupo de aranhas, de diversas famílias e gêneros, que têm como característica comum a posição do ferrão. O ferrão é paralelo ao eixo do corpo e se movimenta de cima para baixo. Nas demais aranhas, ele se assemelha a um alicate e se movimenta um contra o outro”, explicou Bertani.
Embora para muitas pessoas as caranguejeiras sejam assustadoras por causa do tamanho – que pode chegar a 26 centímetros da ponta da perna anterior à ponta da perna posterior –, seu veneno é inofensivo para os humanos.
Estima-se que existam 2,7 mil espécies no mundo – 300 já foram descritas no Brasil. O país tem a maior fauna de grandes caranguejeiras, com cerca de 200 espécies. A maioria vive em tocas no chão, mas existem espécies arborícolas na Ásia, na África e, principalmente, nas Américas.
“Elas são mais leves, perderam os espinhos nas pernas e têm as patas anteriores mais largas para caminhar com mais facilidade sobre superfícies verticais e escorregadias. Também possuem tufos bem desenvolvidos nas pontas das patas que funcionam como ventosas”, disse Bertani.
Como as demais caranguejeiras, as arborícolas não usam a teia para capturar presas e sim para construir refúgios entre as folhas das árvores e embrulhar os ovos. Alimentam-se de insetos e pequenos vertebrados, como lagartixas e rãs.
Segundo Bertani, as caranguejeiras arborícolas da região amazônica já são bem conhecidas, mas nas regiões Nordeste, Centro-Oeste e Sudeste havia apenas cinco espécies descritas. “Em um único trabalho descrevemos outras nove espécies. Isso mostra como ainda se sabe pouco sobre a fauna do Brasil”, afirmou.
Com comprimento que varia entre 2 e 3 centímetros, as aranhas do gênero Typhochlaena são as menores caranguejeiras arborícolas do mundo. Antes do levantamento taxonômico feito por Bertani, apenas uma espécie do gênero era conhecida: a T. seladonia, descrita em 1841.
“Todas as caranguejeiras arborícolas são coloridas quando filhotes e, à medida que amadurecem, perdem as cores. As Typhochlaenas são as únicas que permanecem coloridas depois de adultas”, contou o pesquisador.
Embora a função das cores ainda não tenha sido completamente desvendada, acredita-se que elas estejam vinculadas à relação com predadores.
“É possível que a cor escura ajude as aranhas maiores a se camuflar. Como as Typhochlaenas continuam pequenas mesmo depois de adultas, permanecem também com a coloração de filhotes”, disse Bertani.
Já as Iridopelmas e a Pachistopelma descritas têm em média de 10 a 12 centímetros de comprimento. Nascem com a cor verde metálica e, a cada muda de pele, mudam de aparência e ganham ares mais discretos.

Endemismo

A pesquisa também revelou que a P. bromelicola e a I. katiae apresentam um grau de especialização incomum entre as caranguejeiras: vivem exclusivamente dentro das bromélias existentes na região Nordeste do país, principalmente na Bahia.
“As nove espécies descobertas são bastante endêmicas, ou seja, têm uma distribuição muito limitada. Isso é um fator que as coloca em risco porque se essa pequena área sofrer alterações importantes – seja pela atividade agrícola, seja por mudanças climáticas – as aranhas vão desaparecer”, contou Bertani.
A perda de informações genéticas seria grande principalmente no caso das Typhochlaenas. “Análises filogenéticas mostraram que as quatro espécies descobertas desse gênero são sobreviventes de um grupo muito antigo de caranguejeiras. Um dos primeiros a divergir”, disse.
Embora a pesquisa feita no Butantan não permita saber com precisão quando essas espécies surgiram, Bertani estima que tenha sido logo após a separação dos continentes africano e sul-americano, uma vez que os parentes mais próximos são africanos. “Este trabalho abre caminho para que pesquisadores que trabalham com técnicas de relógios moleculares estudem a evolução dessas espécies”, afirmou.
As descobertas também abrem possibilidades para cientistas que se dedicam ao estudo de venenos. “A peçonha das caranguejeiras é muito rica em substâncias interessantes do ponto de vista farmacológico. De uma espécie chilena, por exemplo, foi isolada uma molécula que pode ser usada no tratamento de fibrilação atrial”, destacou.
O mais importante na opinião de Bertani, porém, é oferecer subsídios para formuladores de políticas públicas decidirem onde criar áreas de proteção ambiental.
“Acredita-se que esse endemismo seja resultado de um processo histórico natural que, possivelmente, afetou também outras espécies de animais e plantas. Se você analisa o mapa de distribuição de várias espécies e eles coincidem, isso indica que aquela é uma área única, que deve ser preservada”, explicou. 
O artigo Revision, cladistic analysis and biogeography of Typhochlaena C. L. Koch, 1850, Pachistopelma Pocock, 1901 and Iridopelma Pocock, 1901 (Araneae, Theraphosidae, Aviculariinae) (doi: 10.3897/zookeys.230.3500), de Rogério Bertani, pode ser lido em www.pensoft.net/journals/zookeys/issue/230

Extraído de: http://agencia.fapesp.br/16533  

quarta-feira, 28 de novembro de 2012

Um percevejo realiza “estupro perfurante homossexual”


Imagine um macho tão “possessivo” que simplesmente lacra a abertura genital da fêmea para evitar que ela copule com outros machos? E então o macho tem tanto mêdo do “Ricardão” que injeta seu esperma em outros machos para garantir que se o “Ricardão” conseguir copular com a fêmea, eles estejam transferindo para ela seus genes e de ninguém mais. Parece mentira, não é?
O mundo animal nos surpreende! As espécie de percevejo da família Cimicidae possui um hábito reprodutivo um tanto estranho: após a cópula os machos isolam a abertura genital das fêmeas. E ele não faz isso por fazer, esse ato garante uma diferente vantagem evolutiva, uma vez que impede que outros machos possam acasalar com ela. No entanto, quando algum macho encontra uma fêmea que já copulou e por isso está com a abertura “lacrada” pelo primeiro, eles não hesitam em encontrar um caminho pouco usual para consumar o ato. Eles injetam o esperma nessa fêmea perfurando seu abdomen contornando assim o “selo” colocado pelo primeiro macho. Isso é assustador… :o
Porém, uma espécie em especial (Xylocaris maculipennis) encontrou uma forma bastante “homossexual” de contornar o assédio dos demais machos na fêmea que já foi fertilizada. Sabendo que a fêmea poderá ser atacada por um outro macho que injeterá esperma perfurando seu abdomem, ele perfura e insemina outros machos forçadamente, de modo a que seus genes sejam carregados para as fêmeas quando o macho devidamente “estuprado” acasalar com elas. Ou seja, de qualquer forma, o macho ciumento “insemina por procuração”. Imagina se isso vira moda?

sábado, 24 de novembro de 2012

Insetos: Ordem Collembola


A ordem de insetos COLLEMBOLA é muito pouco conhecida das pessoas. Isso porque as suas espécies não passam de 5 mm de tamanho. Isso mesmo! São incrivelmente minúsculos. Apesar disso, acredita-se de existam mais de 6 mil espécies.
Esses bichinhos são insetos ametabolos (não sofrem metamorfose) e são dos poucos representantes de insetos que não possuem asas (apterigotos). Apesar de não vermos collembolos por aí (eu mesma só vi um desses ao vivo e em cores durante um aula na pós-graduação), eles são extremamente abundantes. Podem ser encontrados nos solos úmidos, entre musgos, sob folhas caídas e no meio de troncos apodrecidos. Algumas espécies vivem até em água doce e areia da praia. E pasmem! São tão leves e pequenos que podem viajar longas distancias transportados pelo vento!
O que eles comem? Bem, eles comem de tudo: vegetais ou animal em decomposição, algas, fungos e liquens. Alguns comem pólen ou mesmo praticam canibalismo. Os maiores inimigos dos collembolos são ácaros, besouros e aranhas.
Uma curiosidade incrível desses bichinho é que eles possuem uma estrutura chamada de “fúrcula”, que fica abaixo do abdomen e serve como uma tipo de trampolin pra o bichinho. A fúrcula ajuda esses insetos a darem saltos de até 10 cm. O que não é pouco, para um baixinho de 3 mm, né?

Retirado de http://diariodebiologia.com/2009/04/todos-os-insetos-ordem-collembola/

Insetos: Ordem Thysanura


Acredito que a maioria das pessoas já ouviram falar das traças-de-livro, não é? O que elas não sabem é que aqueles bichinhos comilões, são os THYSANUROS. Esse ordem de insetos é conhecida pelo seu hábito alimentar: adoram devorar de tudo. Assim é muito comum ver esses bichinhos sob folhas, cascas de árvores, ninhos de formiga e cupins.
Mas o fato de serem encontrados nas residências é o que faz esses insetos serem tão famosos. Os tissanuros, são encontrados muito facilmente junto a livros e papéis, alimentando-se destes, além de roupas, cortinas, sedas e tudo mais que contenha celulose.São insetos ametábolos, não pssuem metamorfose e também não possuem asas. Do ovo já sai um “tissanurinho” jovem que cresce, sofre muda várias vezes, até se tornarem adultos, medindo no máximo 5 cm. Todo esse processo dura aproximadamente 1 ano (o que é muito para um inseto).
As traças tem tanto hábitos noturnos como diurnos. Mas durante o dia evitam contato direto com a luz. Assim, mesmo durante a noite, se a luz for acesa, as traças rapidamente encontram uma fresta ou um cantinho para se esconderem. Considerando que são insetos bem graciosos, não devemos negar que não possuem nenhuma importância econômica. Uma vez que, trazem grandes prejuízos econômicos e à saúde, por frequentarem ambientes domésticos e locais com grande quantidade de papel, papelão, como armazéns e bibliotecas.
Uma curiosidade legal é que as pessoas que adoram ler, são comumente chamadas de tissanuros, fazendo uma analogia ao hábito de devorar livros! Em Portugal, países que falam espanhol, são chamados de “lepisma”. Na Itália  chamam de “acciughina” e em Inglês “silverfish” (peixe prateado).

Retirado de http://diariodebiologia.com/2009/05/todos-os-insetos-ordem-thysanura/

Por que o percevejo (maria-fedida) fede tanto?

Pergunta retirada do Blog Diário de Biologia, enviada por Laura Veloso de Criciúma/SC. 

“Sabe aquele inseto verdinho que chamamos de maria-fedida? Por que eles fedem tanto? Como eles conseguem soltar um pum tão “podre”! Que nojo!”


Laura (risos)… Eles realmente são bem fedidos e com isso conseguem o querem: se livrar do perigo. Já reparou que assim que você toca ou simplesmente percebe a presença dele logo vem aquele cheiro horrível? Este cheiro ruim, nada mais é do que o mecanismo de defesa destes insetos que sempre exalam um odor desagradável quando se sentem ameaçados.
A maria-fedida (ou “Stink Bug”, em inglês) é apenas o nome popular dos percevejos (ordem hemíptera a mesma ordem dos barbeiros). São da família Pentatomidae que possuem glândulas especializadas no tórax ou no abdômen que produzem um líquido com aquele odor fétido de hidrocarbonetos. Estas substâncias químicas acumulam em um pequeno reservatório ligado às glândulas e são liberados na superfície do corpo somente quando necessário. Tanto os adultos, quanto as ninfas mais desenvolvidas possuem este mecanismo.
Essa defesa é bem interessante, pois uma vez liberado, o odor permanece sobre tudo que o percevejo toca. Para a maioria dos predadores, o gosto é tão ruim quanto o cheiro e os pássaros, por exemplo, costumam cuspir logo após mordê-los.
Para fugir do perigo, algumas espécies de percevejos possuem glândulas odoríferas que exalam uma substância com cheiro muito desagradável.

Saúde começa a fazer testes rápidos para detectar HIV, sífilis e hepatites

Campanha 'Fique Sabendo' é realizada em todo o país e vai até o dia 1º de dezembro. Exame usa uma única gota de sangue do dedo e fica pronto em 40 minutos.


Fique Sabendo (Foto: Luna D'Alama/G1)
Cerca de 70 paulistanos passaram até o início da tarde desta quinta-feira (22) pela Galeria Prestes Maia, na Praça do Patriarca, Centro de São Paulo, para fazer um teste rápido de HIV, sífilis e hepatites B e C. A ação da Secretaria de Estado da Saúde integra a quinta edição da campanha nacional "Fique Sabendo", que será realizada até o dia 1º de dezembro em todos os estados. A auxiliar de limpeza Érica Amorim, de 26 anos, já tinha feito, há um ano, um exame de sangue tradicional para detectar essas doenças infecto-contagiosas, mas esta foi a primeira vez que ela iria passar por um teste rápido, que retira apenas uma gota de sangue, com uma picada no dedo, e fica pronto em cerca de 40 minutos.


"Uma amiga minha se cortou com um vidro de perfume, soube por outra pessoa que ela tem HIV, mas mesmo assim ajudei a socorrê-la. Eu não tinha nenhum corte no corpo, então acho que não teve problema", disse. Para tirar a dúvida se o contato levou a uma infecção, Érica compareceu ao local de atendimento.
Outro interessado em fazer o teste era o prestador de serviços de contabilidade Marcos Rodrigues, de 35 anos, que estava a trabalho na Prefeitura e resolveu dar uma passada ali na galeria.
"Há dois anos, fiz o exame completo, mas decidi fazer de novo, não custa nada. Tenho uma namorada fixa há um ano, estou tranquilo", afirmou.
Por volta das 13h30, o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, também foi até o local para fazer o teste rápido e incentivar a população.
Segundo a psicóloga Patrícia Marques, que presta aconselhamento aos pacientes após o resultado – seja positivo ou negativo –, a maioria das pessoas pergunta sobre formas de transmissão das doenças sexualmente transmissíveis (DST) e o quanto a camisinha é realmente confiável para evitá-las. Essa conversa é feita de forma privativa, atrás de um biombo, onde só ficam o paciente e o profissional da saúde que entrega o diagnóstico.
"Os jovens usam mais preservativos que os mais velhos. Também existe a questão do relacionamento estável, em que os casais se sentem protegidos e abandonam a camisinha. Nosso objetivo aqui é atrair quem nunca fez um teste de HIV", destacou Patrícia.
Além da distribuição de 40 mil camisinhas na Galeria Prestes Maia, o Centro de Referência e Treinamento DST/Aids do estado ofereceu nesta tarde 16 mil pacotinhos com gel lubrificante e panfletos com explicações sobre HIV, sífilis e hepatites.
"O lubrificante é indicado para o sexo anal, pois ajuda a prevenir microlesões, feridas e sangramentos que poderiam expor ainda mais a pessoa ao vírus da Aids", disse Patrícia.
Mais homens
"Dos 526 municípios paulistas que estão participando, a maioria está fazendo exames de sangue convencionais. Até o dia 1º, nossa meta é atingir 20 mil testes – 25% deles, rápidos", disse. Os reagentes usados para o diagnóstico são produzidos pelo Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos (Bio-Manguinhos), da Fundação Oswaldo Cruz, e por fabricantes do Espírito Santo.
Segundo Karina, os exames tradicionais levam mais tempo para ficar prontos, mas acabam atendendo um número maior de pessoas por dia. O grande problema é que muitas não voltam para pegar o resultado.
A coordenadora da campanha ressalta que, neste sábado (24), o Programa Estadual de DST/Aids vai ficar aberto das 9h às 16h, na Rua Santa Cruz, 81, perto do metrô Santa Cruz, na Zona Sul da capital.
A meta é incentivar também os grupos considerados vulneráveis, que incluem usuários de drogas, homossexuais, travestis e profissionais do sexo.
Aumento da Aids entre jovens
"São novas situações que aparecem quando os pacientes vivem por mais tempo, como problemas cardiovasculares, envelhecimento precoce e questões de saúde mental", disse.
Segundo o ministro, o Brasil passou de um diagnóstico precoce de 32% da população com HIV em 2006 para 37% no ano passado. Nesse mesmo período, o número de mulheres grávidas que fazem o teste de Aids durante o pré-natal subiu de 63% para 84%.
Além disso, 29% dos pacientes com HIV começam o tratamento tardiamente no país, índice à frente dos EUA, onde a taxa gira em torno de 33%. Entre os novos casos, metade é de homens jovens (de 15 a 24 anos) e homossexuais.
"Existe uma geração mais jovem no Brasil que não teve ídolos, artistas, parentes ou amigos que morreram de Aids. Mais de 80% desses jovens sabem que usar camisinha é a única forma de evitar DSTs. Mas menos da metade usa", ressaltou o ministro. Por isso, o governo quer concentrar esforços em festas, baladas, estúdios de tatuagem e salões de manicure.
"Precisamos despertar uma atitude nessa geração que está informada, mas não se previne", afirmou Padilha.
Aids no mundo
No ano passado, o mundo teve 2,5 milhões de novos infectados, um total de 7 mil novos casos por dia. O número total de mortes por Aids no planeta chega a 35 milhões – 1,7 milhão só no ano passado. No Brasil, houve uma interrupção no aumento de mortes anuais pela doença.
Entre os países da América Latina, o Uruguai lidera os casos de HIV, seguido da Argentina e do Brasil. 
Segundo o diretor do Hopsital Emílio Ribas, David Uip, o mundo ainda está longe de uma vacina segura e eficaz contra a Aids.
"Por isso, precisamos trabalhar na educação, na mudança de comportamento e no tratamento do maior número de infectados possível", apontou.
Uip citou que, da década de 1980 até agora, o mundo passou de uma ignorância completa sobre a Aids para uma complacência total.
"Uma coisa é ter otimismo, que é necessário, outra é publicar notícias que não são reais e criar uma expectativa na população de que o problema está acabando. Os jovens não viram o que ocorreu na década passada, então estão se expondo muitas vezes voluntariamente", disse em um debate com jornalistas.

quarta-feira, 14 de novembro de 2012

13 Curiosidades Sobre o Sexo no Mundo Animal


Você com certeza já ouviu falar da Viúva Negra, a aranha que mata seu parceiro depois da copulação. No Reino Animal o sexo pode ser um bocado estranho, é verdade, mas este não é nem de longe o exemplo mais esquisito da vida sexual dos não-humanos. Conheça 13 animais que têm hábitos de reprodução um tanto curiosos:

 
1. Abelhas
Já ouviu falar que as fêmeas das abelhas só ferroam uma vez? Ao picar alguém, o ferrão da doce ofensora se desprende do corpo, causando sua morte. A natureza foi cruel com o gênero feminino, mas espere até ficar sabendo o que acontece com o macho. Dica: ele não tem ferrão, mas tem um orgão reprodutor. Acertou quem imaginou que o sexo entre abelhas não termina bem – ao se afastar do corpo da fêmea após a penetração, o macho perde seu aedaegus (equivalente a um pênis), que permanece dentro do corpo da companheira. Seu fim não poderia ser mais trágico: ele sangra até a morte. Não está fácil pra ninguém.


2. Ácaros (Red Velvet Mites)
Sexo é um ato solitário (e esquisito) para os ácaros Trombidiidae. O macho procura o ninho perfeito para o acasalamento, com muitas folhas e galhinhos, para criar a perfeita atmosfera para o casal. E então, ele espalha seu sêmem por todo o lugar. Depois de completar o serviço, o próximo passo é atrair uma fêmea – com suas fezes. Ela segue o rastro deixado pelo macho e, chegando ao ninho “cuidadosamente” preparado, deve se virar sozinha para ser inseminada.
3. Antequino-Marrom
O vício em sexo não é um problema enfrentado apenas por humanos. A condição também atinge esse pequeno marsupial. O Antequino-Marrom é tão frenético que, durante o período reprodutivo, chega a passar até 12 horas se acasalando com apenas uma parceira. Como é insaciável, passa de fêmea pra fêmea, até seu sistema imunológico começar a falhar. Ele geralmente desenvolve úlceras graves e contrai infecções de parasitas, e morre não muito tempo depois da sessão de acasalamento.


4. Argonautas
Os argonautas são um gênero de polvo bastante comum, que habita águas tropicais e subtropicais de todo o mundo. Seu momento de reprodução, no entanto, está longe do “regular”: a fêmea desenvolve uma concha gigante para abrigar e proteger os ovos e embriões, enquanto os machos – que também possuem uma concha, mas em tamanho significativamente menor – começam a acumular uma bola de espermatozoides em um tentáculo especial. Quando, passeando por aí, o macho encontra uma fêmea por quem se interessa, o tentáculo se destaca do corpo e sai nadando sozinho até a fêmea.


5. Caracóis
O caracol é um dos favoritos na disputa de localização mais bizarra do pênis: seu órgão reprodutivo fica no pescoço. Os caracóis são hermafroditas e precisam de um companheiro para conseguirem se reproduzir. E para convencer o parceiro, eles costumam “flertar” apunhalando um ao outro com dardos constituídos de carbonato de cálcio ou quitina e usados para injetar no receptor hormônios que estimulam os órgãos genitais femininos.

6. Hienas
As fêmeas representam o gênero dominante entre as hienas. Mais agressivas que os machos, no momento de escolher um parceiro elas não dão bola para os esquentadinhos, preferindo aqueles que se mostram mais submissos. O companheiro terá então um desafio à frente: habilidosamente inserir seu pênis no pseudo-pênis da fêmea, que esconde sua vagina. Contorcionismo no mundo animal.


7. Hipopótamo
O hipopótamo macho possui uma forma bastante diferente de chamar a atenção de uma fêmea. Ele se coloca em lugar de destaque, defeca em si mesmo e utiliza a sua cauda como uma espécie de hélice, espalhando as fezes por todos os lados na tentativa de encontrar uma parceira. E o mais incrível: funciona.
 
8. Macaco-rhesus
O primata, também conhecido como Reso, tem muitos motivos para ser um tanto paranoico. No Reino Animal é bem comum que as disputas entre os machos por uma companheira acabem sendo um tanto violentas. Mas poucas espécies são tão cruéis (e, ao mesmo tempo, espertas): os macacos-rhesus atacam seus oponentes no momento em que eles estão tendo um orgasmo. Sim, é isso mesmo. Um estudo da University of Utrecht apontou que mais da metade dos encontros sexuais dos macacos reso terminam com o macho sendo brutalmente atacado. Até 9 macacos podem se aproveitar da vulnerabilidade do coleguinha para tentar roubar sua fêmea.

9. Marreca-pé-na-bunda
A marreca-pé-na-bunda, também conhecida como Oxyura vittata, possui orgãos reprodutores mais estranhos do que seu nome. Além de ser dono de um pênis de aproximadamente 40 centímetros de comprimento, o orgão do macho tem formato de saca rolhas e possui uma espécie de ~pincel~ na ponta. A vagina da fêmea também é em espiral, mas no sentido oposto – o que permite o encaixe. Durante o ato sexual, o macho utiliza a sua “escova” para remover qualquer esperma deixado por um macho anterior.

10. Morcegos (Chinese Fruit Bat)
Cientistas do Guangdong Entomological Institute in Guangzhou, na China, descobriram que os morcegos da espécie Cynopterus sphinx usam o sexo oral para prolongar o ato sexual. A descoberta é um tanto inusitada, já que se pensava que somente humanos tinham essa prática. Mas o que é ainda mais curioso é que, através de um grande contorcionismo, a fêmea consegue agradar o macho enquanto ainda estão envolvidos no ato sexual. Provavelmente não é seguro tentar isso em casa.

11. Peixe actinopterígeo
Estes peixes, que habitam exclusivamente ambientes marinhos, redefinem o conceito de namorado folgado. Alguns machos do subgênero, bem mais franzinos que suas companheiras de espécie, nascem com sistema digestivo rudimentar, que logo passa a dificultar sua alimentação. Para contornar este problema quase-fatal, os peixes usam de seu olfato apurado para encontrar uma fêmea no oceano. No primeiro encontro, nada de rituais de acasalamento: o macho logo morde a fêmea e libera uma enzima digestiva que corrói a pele de sua boca e o corpo da companheira, fundindo o par para toda a vida. Conectado ao sistema circulatório da fêmea, o corpo do macho se atrofia. Sua única função agora é liberar esperma sempre que hormônios na corrente sanguínea de sua “parceira” indicam que ela está ovulando. Ah, o amor… Não bastasse apenas um namorado parasita, é comum que a fêmea da espécie seja mordida por múltiplos machos.

12. Peixe-palhaço
Descobrir a verdade sobre a reprodução dos peixes-palhaço vai ajudar a entender melhor o filme Procurando Nemo. Em um núcleo familiar, a fêmea é sempre o maior membro do grupo. Quando ela morre, o maior macho assume seu lugar – literalmente. Como estes peixes são hermafroditas, isso significa que o macho muda de papel. Ou seja: o pai de Nemo, na verdade, passaria a ser a mãe do Nemo.

13. Percevejos
A reprodução dos percevejos pode ser comparada a um ato de violência sexual. Os machos das espécies costumam possuir um pênis tão afiado que, na hora de se reproduzirem, praticamente dão diversas “facadas” no corpo da fêmea até conseguirem depositar o seu esperma. Já que a espécie não está em extinção, presume-se que a fêmea sobrevive ao traumático ataque.


Projeto brasileiro estuda clonagem de lobo-guará


A Embrapa Cerrado, unidade de pesquisa ecorregional do Distrito Federal, em parceria com o Jardim Zoológico de Brasília, pretende realizar a primeira clonagem de um animal silvestre no País. Um provável candidato a ser usado no experimento é o lobo-guará, como parte do esforço de preservação de mamíferos do Cerrado. Segundo o pesquisador Carlos Frederico Martins, da Embrapa Cerrados, a clonagem é o próximo passo de um projeto anterior entre as entidades, que mantêm um banco de material genético com células de animais mortos. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
O projeto, de acordo com Martins, pretende transferir a experiência da Embrapa e treinar os pesquisadores do zoológico para que sejam produzidos trabalhos na área. Além do lobo-guará, os pesquisadores estudam a possibilidade de usar o cachorro-do-mato e a onça-pintada no estudo. A técnica de transferência celular em mamíferos é feita pela Embrapa há 11 anos, desde o nascimento de Vitória, o primeiro clone bovino do País e da América Latina. Desde então, foram clonados mais de 150 bovinos por pelo menos três laboratórios brasileiros. O pesquisador lembra, no entanto, que a clonagem dos mamíferos silvestres ameaçados é um recurso pontual, que não deverá ser usado em larga escala e serve apenas para o repositório do zoológico.

terça-feira, 13 de novembro de 2012

A coinfecção tuberculose e HIV: um importante desafio

O artigo "A coinfecção tuberculose e HIV: um importante desafio - Atigo de revisão" foi publicado em julho de 2009 e escrito por Josie da Silva Santos, aluna do último semestre do Curso de Farmácia– UFSM-RS  e Sandra Trevisan Beck, Profª Drª Adjunta de imunologia Clínica do Departamento de Análise Clínicas e Toxicológicas do Curso de Farmácia e Bioquímica da Universidade Federal de Santa Maria-RS. Trata-se da relação entre pacientes HIV positivos e coinfectados pelo bacilo da tuberculose.

O vírus do HIV pertence à família Lentiviridae e causa a Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (AIDS ou SIDA, em português), sendo divido em dois grupos: HIV-1, prevalente no Brasil; e o HIV-2, prevalente na África.
Tal vírus penetra no organismo do hospedeiro e por características muito particulares incorpora-se ao seu DNA. Ele infecta particularmente linfócitos T auxiliares, os quais expressam em sua superfície a molécula CD4+ que atua como molécula receptora e outros co-receptores como a molécula CCR5 e CXCR4. Por intermédio destes receptores de superfície, o HIV também infecta macrófagos, células dendríticas, células do aparelho respiratório, sistema nervoso central e células epiteliais entre outras, perpetuando, dessa forma, seu ciclo biológico. (SANTOS, Josie da Silva & BECK, Sandra Trevisan, 2009, p. 209)

Já a Tuberculose, é causada pelo Mycobacterium tuberculosis, também conhecido como bacilo de Koch). É uma doença que geralmente afeta os pulmões. Algumas vezes pode atingir outras partes do corpo, tais como o cérebro, os rins ou a coluna vertebral. O bacilo da tuberculose é transmitido  através do ar principalmente quando a pessoa contaminada tosse ou espirra. Porém não é transmitida através da partilha de talheres ou copos ou durante um beijo. A maioria das pessoas que aspiram o M. tuberculosis, se infectam porém o corpo consegue combate-lo e impedi-lo de crescer. As bactérias tornam-se inativas, mas estão vivas e podem ser ativadas posteriormente: isto é chamado de infecção latente. 

Grande maioria das pessoas com infecção latente não irá desenvolver a doença, porém apresentando o vírus do HIV, o sistema imunológico está enfraquecido e a chance do bacilo de se tornar ativo é muito grande. Especialmente no caso do HIV, as chances de se adquirir TB são muito elevadas e sem o tratamento adequado o paciente pode ir a óbito em poucas semanas.

O artigo abaixo relaciona a TB como a principal doença associada ao HIV porque é contagiosa e as manifestações clínicas provem da deficiência imunológica do paciente. Esta associação é tão importante que o Plano Nacional de Controle da TB (2004 - 2007) prevê que 100% dos pacientes com diagnóstico de TB realizem a investigação sorológica para o HIV.


O artigo completo pode ser visualizado clicando no seguinte link: A coinfecção tuberculose e HIV: um importante desafio.


Outras informações podem ser encontradas no site do Center of Disease Control and Prevention (em inglês).


terça-feira, 6 de novembro de 2012

Bactéria Sobrevive 553 Dias No Espaço



O Blog Microbiologia Online, publicou uma notícia sobre bactérias que sobreviveram por 553 dias no espaço, sem proteção alguma e sofrendo com o ambiente extremamente adverso. O objeto do experimento era verificar a existência de microorganismos que poderiam ser úteis a astronautas durante seu período no espaço. 
A partir deste resultado, os cientistas poderão desenvolver sistemas de suporte vital para ser usados quando  não existe oxigênio. Também foi calculada a hipótese de que como as bactérias podem ser transportadas de alguma forma, elas seriam usadas para "semear" a vida em outros planetas.
Pode-se conferir a reportagem completa no link: Blog Microbiologia Online.




Foto publicada no Blog Microbiologia Online.

sexta-feira, 21 de setembro de 2012

Fotos da Aula Prática de Microbiologia - Coloração de Gram










Aula Prática de Microbiologia - Coloração de Gram

Coloração de Gram
 
 
O tema da aula prática de Microbiologia ministrada pelo Professor Gabriel Nogueira, foi Coloração de Gram, onde foi possível diferenciarmos as bactérias em Gram Negativas e Gram Positivas, e também classifica-las pela morfologia bacteriana.


"A coloração de Gram é um importante teste realizado nos laboratórios de microbiologia, sendo um recurso auxiliar no diagnóstico de doenças bacterianas. A partir de um determinado perfil tintorial as bactérias coram-se de roxo ou de rosa e conseqüentemente são classificadas como Gram-positivas ou Gram-negativas, respectivamente. A coloração de Gram envolve uma série de procedimentos antes de chegar à etapa final de leitura da lâmina preparada: envolve a confecção do esfregaço, sua fixação e passa pela coloração propriamente. Nesta, o corante Cristal Violeta adsorve-se nas células, forma um complexo com o iodo (Lugol) e após a etapa diferencial, com álcool-acetona, as células são contra-coradas com Fucsina de Gram." (FREITAS, Valdionir da Rosa e PICOLI, Simone Ulrich. A Coloração de Gram e as variações na sua execução, 2007.)
 
 
Como realizar a coloração?
 
1- Preparar e fixar o esfregaço numa lâmina de vidro.
2- Após a secagem do material, cobrir o esfregaço com o Cristal Violeta por um minuto e em seguida enxaguar em água corrente.
3- Cobrir com o mordente, a solução de lugol (iodo), por mais um minuto e em seguida enxaguar em água corrente.
4- Descorar com a solução de álcool-acetona até que não se tenha mais resquícios de corante e enxaguar novamente em água corrente.
5- Contra-corar com a Fucsina (ou safranina) por um minuto e enxaguar em água corrente.
6- Deixar secar ao ar.
7- Observar ao microscópio optico na objetiva de 100x utilizando óleo de imersão.
 
 
 
O que veremos então?
 
 
Ao observar a lâmina pronta no microscópio optico, veremos as bactérias Gram Positivas coradas em roxo e as Gram Negativas coradas em vermelho.